quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sítios arqueológicos do centro-leste rondoniense

O Centro-Leste de Rondônia é privilegiado: os vestígios arqueológicos brotam do solo com frequência e a curtos intervalos no solo, podendo, em algumas localidades encontrarem-se distantes um do outro à 500 m ou até menos. Podem ser encontrados sítios cerâmicos, amoladores/polidores, rupestres, alguns com terra preta.
1-  Os registros gráficos, pontualmente, estão na região limítrofe dos municípios de Presidente Médici, Ministro Andreazza e Ji-Paraná. Caracterizados unicamente por gravuras, os grafismos da região apresentam a predominância de figuras geométricas e humanas. Zoomorfos e objetos também encontram-se representados, mas em pequena quantidade. Os antropomorfos se diferenciam dos observados no restante do Estado, apresentando características mais naturalistas e culturais em alguns momentos.
2- Amoladores/Polidores encontram-se às margens de igarapés, córregos ribeirões e rios da região, além de serem encontrados em baixadas úmidas e até mesmo em locais, atualmente, um pouco distantes de fontes d'água, apresentando feições de formas e tamanhos diversos;
3- Os sítios cerâmicos são abundantes, principalmente nos municípios de Presidente Médici, Ji-paraná, Ministro Andreazza,  Rolim de Moura e Cacoal. Alguns com maior outros com menos densidade aparente de vestígios, mas encontram-se distribuídos em bases de vertente, vales, e planaltos da região. A grande maioria destes vestígios apresentam características físicas de origem Tupi. Estão nas proximidades dos sítios de amoladores/polidores. Alguns contém terra preta, como é o caso do sítio Rainha da Paz em Presidente Médici, e do sítio do Tenente em Rolim de Moura.

Dentre os vestígios encontrados até o momento, estão: artefatos líticos diversos, pontas e adornos, fragmentos cerâmicos lisos e decorados, recipientes cerâmicos inteiros e lisos, painéis gráficos e feiçoes de polimento. À seguir, algumas imagens de sítios da região e objetos dos mesmos que encontram-se sob a guarda do Museu Regional de Arqueologia.































quarta-feira, 6 de junho de 2012

I Semnário Internacional sobre Estudos Amazônicos : Promovido pela Fundação Universidade Federal de Rondônia - Brasil e a Universidade Pablo de Olavide - Espanha.
Contou com a participação de Estudantes, Especialistas, Mestres, Doutores e pesquisadores idenpendentes de toda a Amazônia, além de instituições Universitárias e pesquisadores do Peru, Ecuador, Espanha e Brasil.
O Centro de Pesquisas e Museu REgional de ARqueologia de Rondônia foi representado pela Pesquisadora Maria Coimbra, que além de participar do Seminário, apresentou  trabalho Inventário dos sítios rupestres do centro-leste de Rondônia - Brasil, na Mesa Redonda LA HISTORIA AMAZÔNICA A DEBATE EL TEMPO ANTIUO.

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Resumo da Pesquisa

Inventário dos sítios rupestres do centro-leste de Rondônia-Brasil.
Maria Coimbra de Oliveira

O presente trabalho busca apresentar uma visão geral da Arte Rupestre na região central do Estado de Rondônia, Brasil, e do estágio em que se encontram as pesquisas na região.  O centro-leste rondoniense apresenta grande densidade de sítios com arte rupestre. Tendo sido localizados até o momento 21 sítios, nos vales de afluentes do Médio Ji-Paraná, caracterizados unicamente por gravuras. Porém, em toda a região do alto/médio JI-Paraná, já foram localizados e catalogados mais de 100 sítios arqueológicos, distribuídos em cerâmicos (alguns destes com terra preta) e feições de polimento, muitos dos quais no entorno imediato dos sítios rupestres e nas proximidades dos mesmos. Trata-se de pesquisa em desenvolvimento, cujos resultados preliminares demonstram grande diversidade morfológica para os sítios rupestres, reforçando a hipótese de que a região centro-leste abriga, se não uma nova Tradição rupestre para a Amazônia, possivelmente uma subtradição dentro da grande Tradição Amazônica. Para  os sítios cerâmicos, as análises apontam a predominância de cultura material Tupi, incluindo nestes grande quantidade de artefatos líticos de tamanhos e formas variados, o que vem reforçando a Teoria de que a região do alto e médio curso do rio Ji-Paraná teria sido a terra natal dos grupos do tronco linguístico Tupi. Temos observado também que o turismo informal, em alguns momentos, desenvolveu práticas de vandalismo, que, juntamente com a omissão de agentes públicos e privados, associados às intempéries naturais e ações antrópicas, tem contribuído para a deterioração destes locais. Porém, ações de proteção foram iniciadas pela prefeitura de Presidente Médici que também estabeleceu parceria com o IPHAN para tal.
Palavras-chaves: sítios arqueológicos - registros rupestres - tronco linguístico Tupi -   turismo cultural.
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Guarda Mirim - Presidente Médici



E.M.E.F. Junqueira Freire - Presidente Médici





E.M.E.F. Lima Barreto - Pres. Médici